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*LEMBRANÇAS*


Nascí no meio das pedras onde as noites eram vazias,
eu nem podia sonhar.
Meus olhos estavam vendados
e nada eu podia ver.
Brinquei de palhaço sem circo
rodei como um papel no redemoínho
cantei os mais desafinados tons
por todos os palcos que a vida me ofereceu.

Desgarrei com a chegada do vento,
e, confuso, fui rolando no tempo
à procura de um solo mais firme.
O destino me levou pra bem longe
onde eu podia sonhar.
A vida me deu um sorriso,
e um circo pra gente brincar.

Cantei em todos os tons e todos queriam me ouvir.
À noite eu sempre sonhava
com as pedras de onde saí.
Nascí no meio das pedras,
onde sonhos, eu não queria ter.
Meus olhos estavam vendados porque eu não queria ver.

As pedras têm formatos diferentes,
e podem rolar em várias direções.
A vida oferece muitos caminhos,
e, quando estamos sonhando, temos
que estar com os olhos bem abertos
para escolher onde é melhor passar.

"A Cortina do Sol, de Fábio Rachid, p. 22"

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1 poemas:

Daniel Savio disse...

Poesia interessante, pois permite a gente fazer uma comparação entre a nossa vida e uma pedra, pois como é dito no texto, até uam pedra pode se mover, mas não de viver...

Fique com Deus, menina Ana Maria.
Um abraço.